quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A POLÍTICA LIBERALISTA E INTERNACIONALISTA DE DUTRA



Durante o Governo de Dutra, o Brasil foi invadido por uma enxurrada de produtos de consumo não-duráveis, importados dos Estados Unidos.

CHARGE POLÍTICA

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O GOVERNO PROPRIAMENTE DITO!


Eleito com mais da metade dos votos, Dutra teve seu governo assinalado por relativa tranquilidade política.
O governo de Vargas, período da Segunda Guerra Mundial, impulsionou o crescimento da indústria nacional, pois o mercado internacional não estava produzindo. Com o desenvolvimento desta e com uma política intervencionista, substituiu-se as importações e permitiu um crescimento da economia e uma consequente diminuição na dívida externa. Em contradição, no governo de Dutra, marcado pela Guerra Fria, "abriu-se as portas" do Brasil para produtos importados, adotando-se uma política de estrito liberalismo. Nessa fase, a dívida externa brasileira voltou a crescer. Os Estados Unidos, que defendia o modelo capitalista antagônico à União Soviética, defensor socialista, buscava incessantemente mercados consumidores para a venda de seus produtos. O Brasil, inundou-se de importados, que relativamente eram supélfluos ou eram produzidos no próprio país, o que levou à indústria nacional a um choque, diminuindo seu crescimento gradativamente. Nesse ritmo, a balança nacional de pagamentos mostrava-se comprometida, e a partir de 1947 foi necessário uma pequena incorporação de intervencionismo, almejando evitar uma crise. Dessa forma, houve um controle na entrada de importações e mais uma vez o investimento na indústria nacional, o que possibilitou um novo crescimento. O café também foi valorizado e simultaneamente houve um crescimento na economia. O Plano Salte, lançado também em 1947 foi o ponto culminante do intervencionismo, caracterizado pela tentativa de coordenar o gastos do governo, especialmente em saúde, transportes, alimentação e energia.

FIM DO ESTADO NOVO E REGIME LIBERAL POPULISTA


Eurico Gaspar Dutra era bastante ligado ao Estado Novo, foi comandante da Campanha da FEB na Itália durante a Segunda Guerra Mundial e Ministro da Guerra desde 1936. Apoiado pelo ex-presidente, Getúlio Vargas, sua vitória já estava predestinada. Concorrendo com o brigadeiro Eduardo Gomes, da UDN, e Yedo Fiúza, do PCB, Dutra, da coligação PSD-PTB, venceu com 55% dos votos. O que chegou a surpreender foi o crescimento dos votos dados aos comunistas, o que permitiu a eleição de 15 membros ma Assembléia Constituinte, incluindo o senador, Luís Carlos Prestes. Foi em 1946 que foi promulgada uma nova Constituição no Brasil, a quinta na história do país. Esta era a mais democrática até então, universalizando o direito ao voto e determinando que este passaria a ser secreto, definia também a existência de três poderes, dando uma importância significativa ao Legislativo. No entanto a nova Constituição apresentava algumas limitações, como por exemplo: o direito ao voto era negado aos analfabetos, excluindo essa camada da população da democracia. Além disso, o direito de greve e a organização sindical estava sob controle, deixando transparecer os fortes resquícios do corporativismo do Estado Novo. O populismo predominava desde algum tempo e nessa fase não foi diferente. Visando conquistar o voto da população, os políticos empenhavam-se em valorizar os aspectos emocionais em seus apelos ao eleitorado. O período democrático que se iniciava foi assinalado pela Guerra Fria, pelas disputas entre Estados Unidos e União Soviétiva, aonde ambos buscavam áreas de influência, e dessa forma, pela hegemonia do mundo.